segunda-feira, 12 de março de 2012

Então... Vamos falar de Kerouac?


Eu poderia ficar falando sobre seus livros, sua vida e esse blá, blá, blá de sempre, mas quem me conhece um pouco sabe que não sou muito fã de fazer analises então só vamos falar um pouco sobre o Jack.

Hoje, dia 12 de março de 2012, Keroauc estaria fazendo 90 anos, já assim percebemos que ele era um autor novo. Fez parte fundamental da geração beat.

Temos como destaque seu livro “On The Road”, em que Sal Paradise (Jack Kerouac) conta sobre a sua baita viagem junto com Dean Moriaty (Neal Cassady). O que poderia ser simplesmente uma narração se torna algo incrível com trechos que me emocionam cada vez que releio. “On the Road” é só o ponto de partida para alguém (como eu) que gostaria de cada vez mais se aprofundar na obra de Jack.

O que me agrada muito são suas descrições, lendo seus livros podemos sentir exatamente o que ele queria dizer, ele não poupa detalhes, palavras para isso.

Como a solidão pode ser descrita? 

Através de seus livros é possível ver essa descrição! Vemos que um ser humano só se conhece sozinho, mas que isso em exagero pode chegar a loucura.

Kerouac foi uma das pessoas que viveram a vida, a conheceram muito bem. Gosto de pegar “On the Road” e comparar com “Big Sur” nessas duas obras vemos, primeiramente, o menino Jack , depois, o homem Kerouac. 

Se um dia eu pudesse agradecer a alguém pelos meus textos e momentos de inspiração, Kerouac seria um deles, seria mais uma entre os muitos fãs a dizer “Thanks, Jack.”

E esse é o ponto. O que a obra de Kerouac trouxe para mim  é indescritível, esta um pouco em tudo que faço, escrevo, penso e ajo,  por isso nessa tarde de março estou aqui, tentado por meio de palavras fazer algo que sei que não vou conseguir: demonstrar o amor e gratidão que tenho por esse escritor.

É isso que posso fazer, para finalizar esse post (que considero incompleto) deixo algumas palavras dele, que espero que desperte em você o que despertou e mim e que me faz ler cada livro dele como se estivesse faminta e que me deixa com gostinho de quero mais.

“Minha obra encerra um livro de vastas proporções como o de Proust, com a diferença que as minhas memórias são escritas na corrida em vez de mais tarde doente numa cama. Por conta das objeções das minhas editoras eu não pude usar o mesmo nome para o mesmo personagem em obras diferentes. On the Road, Os Subterrâneos, Os vagabundos Iluminados, Doctor Saz, Maggie Cassady, Tristessa, Desolation Angels, Visões de Cody e os outros, incluindo este Big Sur, são apenas capítulos na grande obra que eu chamo de A lenda de Duluoz. Na minha velhice, pretendo juntar toda a minha obra e reinserir meu panteão de nomes regulares, encher a prateleira de livros e morrer feliz. Tudo isso forma uma enorme comédia vista pelos olho do pobre Ti Jean (eu), também conhecido como Jack Duluoz, o mundo de ação frenética e loucura e também de gentil doçura vista pela fechadura de seu olho.”

JACK KEROUAC (1922-1969) 


 @tehquintela

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