sábado, 15 de setembro de 2012

A vida é engraçada...


Teimamos em organizar ela em todos os aspectos e quando isso se concretiza percebemos que procurávamos outra coisa.

Ah... Mudança de planos.

Planos.

Você os evita até que eles começam a te perseguir.

E já mudou outra vez.

Futuro incerto.

Procuramos palavras pare descrever sentimentos pensando que assim alguém mais possa entender o que é só nosso.

Nosso. Por isso que só nós dois entendemos.

E ainda mais, podemos entender de formas diferentes.

Interpretações.

Que também podem mudar com o tempo.

A vida pode muda-las.

A vida é a única que pode rir do seu castelinho de cartas e assim destruir ele.

Com seus momentos de beleza, que agradecemos por serem curtos, vemos que a vida é além de engraçada, interessante, variável, desagradável e...

Bom... Disse que procuramos palavras para descrever coisas nossas?

Então... A vida talvez seja algo que só nós dois entendemos.

 @tehquintela

terça-feira, 21 de agosto de 2012

"Eu não sou uma maquina. O que uma maquina pode saber sobre o aroma da relva molhada de manhã ou sobre o som de um bebê que chora? Eu sou a sensação do calor do sol sobre minha pele; sou a sensação da onda fria que se quebra de encontro ao meu corpo. Sou os lugares que nunca vi, mas que posso imaginar quando meus olhos estão fechados. Sou o sabor do hálito de outra pessoa e a cor dos cabelos dela. Você zomba da pouca duração da minha vida, mas é o próprio medo de morrer que instila vida dentro de mim. Eu sou o pensador que pensa sobre o pensamento. Eu sou a curiosidade, sou a razão, sou o amor e o ódio. Sou a indiferença. Sou o filho de um pai, que por sua vez foi filho de outro pai. Sou o motivo do riso de minha mãe e a razão de seu pranto. Sou uma maravilha e sou capaz de me maravilhar. Sim, o mundo pode ir apertando botões à medida que passa através de seus circuitos. Mas o mundo não passa através de mim. Eu sou o meio pelo qual o universo teve consciência de si próprio. Sou aquela coisa que nenhuma maquina será capaz de fabricar. Eu sou feito disso: de significado."

Gênesis - Bernard Beckett

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A pipa, o vento, a cama.

Deitado na cama, antes da hora do jantar ele se lembrava da pipa.

A pipa e eu, eu e a pipa. Um dia de calor com horas vagas. A pipa se deixava levar pelo vento.

Ah, o vento!

Podia senti-lo em minhas mãos, era como se o mundo todo estivesse sobre controle dele:

O vento.

Amarelo, azul e alaranjado. Cenário do personagem principal, o qual passava por diversas aventuras, era como assistir um filme ou algo parecido, mas assim ele também fazia parte da história.

Este controle o estimulava a crescer, mudar, buscar algo novo.

A pipa, o vento e agora a cama.

Teria que deixar todas para trás, levantar, jantar, dormir, trabalhar...

Continuar.

Afinal, os tempo de pipa, assim como um filme, tinha um fim.

Era hora de uma nova produção.


@tehquintela

terça-feira, 14 de agosto de 2012

"Celebração de bodas da razão com o coração."

"Para que a gente escreve, se não é para juntar nossos pedacinhos? Desde que entramos na escola ou na igreja, a educação nos esquarteja: nos ensina a divorciar a alma do corpo e a razão do coração.
Sábios doutores de Ética e Moral serão os persuasores das costas colombianas, que inventaram a palavra sentipensador para definir a linguagem que diz a verdade"

O Livro dos Abraços - Eduardo Galeano.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Procura-se.




Talvez seja isso então,

Os elogios, o tempo compartilhado, as frases formadas e os batimentos acelerados.

Então é isso,

Que faz com que a loucura pareça sensatez? 

Que transforma mundos e modifica rotinas? 

Pode ser que seja, pode ser que não.

Mas, essa música de fundo, os olhos brilhando e as mãos juntas...

Algo me diz diz que talvez seja amor.

 Definir não esta entre as melhores habilidades , talvez me confunda e isso tenha outra denominação, não sei. 

Procuram-se palavras. É... Talvez seja isso.

@tehquintela

sábado, 14 de julho de 2012

On the Road. Finalmente.


Naquela sala de cinema estranha, vi o meu livro preferido tomar vida.  Foi como rever uma viagem já feita antes, tudo muito familiar mais com alguns detalhes a mais ou a falta deles.

O filme é inspirador, assim como o livro. On the Road é sobre isso: de como a vida pode se tornar tão inspiradora ao ponto de você transforma-la em arte.

Escrever. Esse é o ponto final.

On the Road é somente o inicio de uma literatura frenética, bem feita e incrível: A literatura beat.
E podemos acompanhar isso no filme, em que os personagens foram bem representados ao ponto de odiarmos o Dean  ou nos inspirarmos com toda a vida que ele tem dentro dele.

Assistimos pessoas que procuram viver, descobrir o mundo e sentimos que a estrada esta ali, só falta a sua coragem de colocar o pé nela. 

Bom, isso não é uma tentativa de resenha ou algo do tipo. É um tentativa de expressar o que eu senti naquelas duas horas e meia de filme, a emoção tão forte que senti que me deixou durante muito tempo calada. Palavras. Era só isso que eu poderia usar para descrever o que eu estava sentindo? Sim, e isso parece ainda tão banal comparado ao sentimento.  

Minha emoção com um filme nunca foi tão grande, acho que só ficarei emocionada assim no dia que conseguir fazer um bom filme, ou não... Não sei.

Sei que, quando se trata do Kerouac e toda a sua literatura, eu não sei mais o que dizer, é algo que me completa, me transborda e que todos esses textos são somente tentativas de expressar isso.



Novamente: Obrigada Jack.




@tehquintela

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Meu lápis azul.



Elas se encaravam, faziam caretas e acabam com aquele sorriso torto. Sorrisos que eram uma tentativas falhas de não usar palavras.

- Você sabe... Eu não consigo sozinha, não sem você.

- Se você diz...

- Eu já disse isso milhares de vezes! Mas, quer que eu arranje um novo meio de falar isso? Tenho que dar um jeito de te explicar, né?

- Claro. Se você insiste...

- Ta bom... Olha... É como uma caixa de lápis de cor 12 cores. Sem você é como se o lápis azul tivesse sumido, ainda dá para desenhar a casa, a flor, os tijolos, mas o céu... Não seria céu. Seria só o fundo branco do papel sulfite.

- Você já tinha inventado essa não é? Por isso que me chama de baby blue?

- Lógico que não! Baby blue só porque você é TÃO “Jaded”.

Um sorriso completo tinha aparecido, o assunto ficado para trás.

@tehquintela

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sumida.


Só percebi sua ausência as 04:04. 04:40, 04:42. 04:44.

(O quatro acaba de se tornar o meu número preferido).

Ah... A madrugada, mais uma vez.

Neste intervalo de tempo renovo as minhas energias com uma boa dose de ovofrito.

Engraçado... Coincidências.

O turbilhão de pensamentos que tive ao me colocar em dia...

Acho que estava mesmo em falta.

Acho que existe uma sincronia em tudo isso.

Acho, acho, acho.

Acho que me encontrei:

Mais uma vez.

@tehquintela

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Esperamos chegar a algum lugar


Todos buscam encontrar
Mas não sabem ao certo o que procuram.
Se modificam
 Transformando pecados em forma de prazer,
Lutam contra o outro
Mas na verdade a cada soco proferido ferem a si mesmo
 Atiram contra o próprio rosto à procura da liberdade
Guardam suas cicatrizes com sorrisos desconcertados
Tudo isso porque procuram o incerto
Mas no final, temem o que se pode encontrar. 
@julborges

domingo, 20 de maio de 2012

Procure por estrelas

Fechei os olhos e desejei sentir o seu rosto mais uma vez colado ao meu
Sentir os seus olhos percorrendo o meu rosto a procura de alguma coisa que ainda hoje eu não sei se você desistiu de encontrar ou se encontrou  e não me contou por algum motivo desconhecido.
Seu sorriso junto ao meu pescoço dizendo que está na hora de voltar para casa 
Porque hoje nós iriamos a pé e contaríamos as estrelas que cobrem o céu como um tapete
 Mas como sempre eu estrago as suas metáforas e analises que vão de lugar nenhum para um lugar perto da onde Judas perdeu as botas 
Lembro você que não existem mais estrelas a serem contadas, agora o que nós contamos são os corações que vão lentamente se apagando e desistindo da chama que antes os mantinham acesos.
Abro meus olhos e me deparo com mais um coração se apagando
O meu
Mais um para a contagem que nunca vamos terminar.
  @julborges

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Praticando a saudade"


Era próximo das quatro da tarde, ela olhava para um lado, olhava para o outro e o ócio te trazia algo de excelente:


Era hora de “praticar a saudade”.


Aos poucos, ia se lembrando de alguns acontecimentos bons do fim de semana com os amigos, imaginava o que poderia ter sido melhor naquele dia e escolhia as memórias que deixaria guardadas com mais cuidado.

Recordava com carinho de alguns amigos especiais, que antes eram vistos com grande frequência e hoje deixam um aperto no peito e uma vontade de voltar atrás.

“Os anos estão passando” foi o pensamento dela que comprovou tudo aquilo, era ótimo. Um ano atrás sua vida era totalmente diferente... Os amigos, o amor, e ela mesma se completavam.

Hoje, ela “pratica saudade”...  Termo que conheceu recentemente em um conto, melhor... Ela havia descoberto. Antes procurava um termo adequado para aquilo que fica entre a tristeza e nostalgia, agora que achara, pode ter certeza que será parte oficial do seu vocabulário.

Esses pequenos momentos em que “praticamos a saudade” é que identificamos se tudo que fizemos até agora esta sendo agradável, é esse pequeno momento entre as quatro horas que talvez façam com que tudo valha a pena.

Bom, agora já passara das quatro, o tempo de ócio estava no fim e ela voltaria aos seus afazeres. 


@tehquintela

domingo, 13 de maio de 2012

Bye Bye Blackbird


Ele vivia distante, era um pássaro tão lindo. Suas plumas brancas se destacavam no meio do céu azul. Um pássaro que vivia sozinho, aquelas nuvens não eram nada, por mais que passasse horas em meio a cumulus.

 A beleza não tinha definição, isso não importava, nada importava. 

Até agora.

Tudo estava como deveria ser, até que ao olhar para baixo encontrou aqueles olhos insanos.  Ela refletia sobre o que estava fazendo da vida, será que uma vida cheia de surpresa e diversão a estava esperando enquanto ela permanecia aqui, sentada no banco da cidade olhando para um simples pássaro? Ela não era fã de animais, porém invejava os pássaros... Eles são tão sortudos, vivem no meio das nuvens, como será viver bem assim?

Bom... Ele não achava isso grande coisa, mas ficou curioso para saber por que aquela garota de olhos grandes perdia tanto tempo olhando para ele. Ela tinha o mundo inteiro não é?

Os dias foram passando e eles se habituando. Ele passava horas sobrevoando as nuvens que ela tanto amava e ainda não conseguia compreender o que aquela menina via ali... Ela começou a achar interessante, principalmente nos dias de céu azul, algo nunca se destacara assim: Um pássaro livre que não sabia o que era liberdade. Uma garota presa ao chão que ansiava por mais. 

Ele se apaixonou por ela, tornou-a o motivo de continuar ali. Ele não sabia o porquê, ela também não. Mas sem querer a admiração se tornou recíproca. Dias de sol, calor, nuvens, neblina e eles ainda estavam lá. 

Ambos tão perto e tão longe. Superação talvez fosse isso, ou talvez só seja o que acontece quando se trata de amor, além de descrições. 

Então, um dia, ele cansou. Cansou de não entender sua garota, se vendeu. Abandonou as nuvens e, quem sabe isso seria liberdade? 

Agora, próximo dela, sentia todos os sonhos bons, materializados em suas mãos. Era estranho saber que aquele que a completava estava tão distante, mas sempre tão presente.

O pássaro que vivia no paraíso só foi encontrar o mundo perfeito afastado de casa. E próximo da garota insana.




@tehquintela


Azul.
 
Verde.

Violeta.
 

O pássaro agora migra para o sul.

Volta para o lugar que pertence: cidade.

Lar doce lar, esta

de volta para onde sempre queria ficar.



Branco.

Cinza.

Preto.



No parque ele senta no banco.

Olha para o céu, ranzinza. 

Saudade, saudade.

Tudo mudara. Acabou o momento.

Saudade, saudade. 





@tehquintela