terça-feira, 31 de maio de 2011

Além do conhecido.


Estava sem chão, sem lugar para se apoiar, sem nenhum lugar para se esconder, nem meus os seus pensamentos mais tenebrosos a queriam. Eles se recusavam, a dar abrigo a quem os escondia.
Corria de si mesma, mas quando parava era alcaçada por algo maior que ela. O medo, esse que tomava proporções gigantescas à medida que o tempo ia passando. Até que um dia cansada de correr, parou e deixou esse medo a absorver por completo.
Escuro. Nada a vista.
Nada. Tudo que era possível ser visto era a escuridão, ouvir? Só a respiração, que ficava cada vez mais forte e mais ritmada, quando ela percebeu que não era mais preciso respirar, ouvir, sentir... O que era preciso naquele momento era continuar vida, pois seu corpo dormente não respondia a nenhum comando. E ela também não o havia tentando despertar.
Estava em paz, em um lugar desconhecido. Não lembrava porque fugia, não lembrava... Lembrar... fugir...ser...crer...  Ser aquilo que todo mundo era, um ser igual e tão diferente.
Acordou, estava parada diante do seu espelho, analisou cada centímetro do seu rosto e olhou para o que lhe chamava mais atenção: seus olhos, que estavam mais escuros que o de costume.
Pensou que havia ido longe mas apenas tinha entrado em um lugar que se recusava a ir durante muito tempo.
                        

                                                                                                                                                                                                                                                                            @julborges

domingo, 29 de maio de 2011

29/05/2011


“...Mas senhor, não acredito em nada disso? Acho que entre nós tudo esta atravessado; que ninguém sabe qual é o seu lugar, nem qual é sua missão, nem o que faz nem o que deve fazer, e que, excetuado o jantar, que é bastante alegre e onde parece haver bastante união, todo o resto do tempo se passa em querelas impertinentes: jansenistas contra molinistas* ,gente do parlamento contra gente da igreja, gente de letras contra gente de letras, cortesãos contra cortesões, financistas contra o povo, mulheres contra maridos, parentes contra parentes: é uma guerra eterna.”
                                                    Cândido ou O Otimismo – Voltaire

*Os jansenistas acreditam na predestinação, enquanto os molinistas acreditam no livre-arbítrio.

Xô Livros.

Olá pessoal, essa é a primeira vez que eu vou fazer um post sem ser textos, contos e etc. Quero por aqui informar a vocês alguns livros que eu tenho parado aqui que eu estou querendo me livrar, são eles:

Diários do Vampiro: O Confronto – L.J Smith    
 
A Lei Universal daAtração – Esther & Jerry Hicks    

Tensão em Alexandria – Lou Carrigan  

O Grito do Halidon – Jonathan Ryder    


Amantes, FelizesAmantes... – Valéry Larbaud    

Atire a PrimeiraPedra – Harold   

Os Elefantes NãoEsquecem – Agatha Christie  

Nêmesis – Agatha Christie   

Convite Para UmHomicídio – Agatha Christie    

O Ateneu – Raul Pompéia    

Grande Hotel – Vicki Baum    

A Torre de Babel – Morris West  

De Prostituta aPrimeira Dama – Adelaide Carraro   
Uma Prece Para Danny Fisher – Harold Robbins    

O Ciúme – Alain Robbe-Grillet    

As Areias do Tempo – Sidney Sheldon    

A Outra Face – Sidney Sheldon   

Uma Mulher de SeuTempo – G.J Scrimgeour    

O Crime da GaiolaDourada – R.F Lucchetti   

Caso alguém tiver interesse em troca, comprar ou só mesmo queria o livro, por  favor entre em contato comigo pelo twitter (@tehquintela) ou email: stephanyquintela@hotmail.com .
Além de estarem disponibilizados aqui no blog estes livros se encontram no livralivro e no bookmooch (ambas redes socias de trocas de livros).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Carta destinada a ninguém .

Eu custo acreditar, é como acreditar em fadas (fadas existem, fadas existem, fadas existem) é como uma crença silenciosa, eu acredito mas como não tenho ninguém aqui para dizer que também acredita é mais difícil.

É difícil acreditar que você precisa de mim assim como eu preciso de você. É difícil pensar que você lembra-se de mim assim como eu me lembro de você toda vez que vejo romance. É difícil ver os outros pouco ligando para o “ficar” enquanto para mim isso realmente importa.

É difícil ler um livro é achar que talvez você teria uma opinião diferente. É difícil olhar para o céu e não imaginar você olhando para o mesmo céu em algum outro lugar. É difícil ter a esperança que um dia você vai aparecer na minha vida e completar todo o vazio que é um lugar reservado para você.

                                                                                                                       @tehquintela

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Efemeridade


Tique tac. 

Tique tac. 

Tique tac. 

Porra! É incrível de como eu escuto isso durante o dia todo, o tempo esta passando e eu estou sentindo. Não que isso seja uma coisa ruim, acho que não, é bom sentir que estou fazendo alguma coisa nesse “intervalo” sabe?

Temos tanto tempo mas ao mesmo tempo tão pouco (olha o tique tac ai de novo); cada segundo passa mas no final do dia sinto que aproveitei, posso dormir bem porque não fiquei no ócio o dia todo mas não mudei o mundo. 

E o tique tac  continua, ele me persegue junto com essa ansiedade pelo futuro que não planejo.

“Você não esta ficando mais novo” o tique tac esta consumindo a sua juventude. Já fez isso com a sua infância e fará com o resto da sua vida. Simples assim...

No final só restam lembranças daquilo não tão maravilhoso que você viveu... Mas não importa eu tenho que estudar para viver a vida e construir memórias que  talvez algum dia eu nem lembre.

                                                                                                                                @tehquintela