domingo, 18 de dezembro de 2011

Elephant Gun


Quantos corações quebrados.
Ela partira o coração dele de novo, como se fosse de vidro, agora os cacos estavam no chão.
Ali, ele se encontrara também, toda a expectativa, tudo que ele imaginara estava acabado.
O jardim de inverno, ela de vestido claro, “Elphant Gun” de fundo e a pele dele arrepiada, tudo se foi.
Como se fosse simples, uma grande construção pode desmoronar também.
Não basta vontade, não basta isso que chamam de “amor”.
Ás vezes precisa de algo a mais.
E ele permanecia lá, com a lembrança dela indo embora...
A chuva de verão.
Ela, sua tempestade particular, uma das poucas que faziam ele se sentir tão bem...
Ou tão mal.
Sua respiração ofegante, mas algumas palavras não saiam da sua cabeça:

“Deviam ser tratados do mesmo jeito, apaixonados e loucos. A razão por que os enamorados não são punidos e curados assim é que essa sandice esta tão disseminada que os próprios acoitadores também estão apaixonados. Contudo, eu defendo que a cura pode ser obtida através de conselhos”

Ele deveria ter lido isso em algum lugar (Shakespeare talvez), agora compreenderá...

Estava louco e procuraria a cura.

3 comentários:

  1. Far from home, elephant gun! Let's take 'em down, one by one...

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  2. O título me chamou atenção. Essa música me faz pensar muito em alguém que não pensa muito em mim (pelo menos, não tanto quanto eu gostaria).

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  3. Ah, e o texto está bonito. "Chuva de verão", tão efêmera, "tempestade", tão devastadora... E essa citação, é de Shakespeare mesmo?

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